autor. Idálio Dias
título. Uma História de Amizade
[objecto. esculturas em madeira esculpidas no torno]
Era uma vez dois planetas muito amigos que andavam sempre juntos...
a janelaAdEntrO não resiste em contar uma pequena história que aconteceu por detrás dos bastidores. não consegui contactar o autor atempadamente mas acredito que ele não se importará que deixe todos os seguidores deste Calendário do Advento espreitar por detrás da cortina e descobrir esta história por dentro de uma história. a janelaAdEntrO é apaixonada por pormenores que sendo pequeninos são grandes na sua forma de encantamento e este pequeno pormenor é também ele divertido e por isso o partilho esta noite. depois de ter sido feito o convite ao escultor Idálio Dias para abraçar esta iniciativa e de ter dado as indicações necessárias para o autor preparar a sua peça e a história para este post, que aqui no blog partilho, o autor resolveu também ele “incorporar” uma outra história à sua História. como esta história que agora conto e que se incorpora na história do autor desta janela do dia 3 de Dezembro.
a certa altura, com a peça para esta janela terminada, o autor pediu a um menino chamado Camillo para ser ele a contar a história sobre dois planetas. “Uma História de Amizade” é o título da peça que desenvolveu em madeira esculpida no torno mas pelos vistos o malvado do menino chamado Camillo só escreveu meia dúzia de palavras e assim a história desta janela fica resumida a essas mesmas palavras: “Era uma vez dois planetas muito amigos que andavam sempre juntos...”. o que aconteceu a seguir não sabemos mas podemos todos imaginar à nossa maneira. o que terá acontecido a estes “dois planetas muito amigos que andavam sempre juntos”? pelos vistos a acção desta história aconteceu durante uma viagem. a viagem da terra do Idálio, noutro recanto do país, até chegar a esta janela da cidade de Braga. pelos vistos uma viagem atribulada mas o que aconteceu de verdade dentro dessa caixa onde seguiam os “dois planetas muito amigos que andavam sempre juntos” nunca saberemos mas podemos todos imaginar à nossa maneira.
quando desci as escadas para receber do carteiro a caixa com a peça do Idálio para esta janela, desconhecia ainda o seu conteúdo e que afinal algo teria acontecido. ambos não imaginávamos que afinal quando a caixa se abrisse iríamos encontrar os “dois planetas muito amigos que andavam sempre juntos” na verdade separados. como poderia ser? o que terá acontecido? dentro da caixa vinham duas esculturas em madeira esculpidas no torno. deveriam ser dois planetas unidos que suspensos numa palheta de madeira iriam orbitar-se mutuamente. primeiramente não percebi bem como deveria colocar a peça na janela. mas percebi que algo estava estranho. dei voltas com as peças. olhei a palheta de madeira. soltei os fios de nylon que tinha até que percebi que a peça mais pequena deveria estar também ela fixa ao fio e algo tinha acontecido na viagem. os “dois planetas muito amigos que andavam sempre juntos” afinal tinham-se separado. para reparar teria, segundo as indicações do autor: abrir o furo, encher com araldite ou outra cola epóxica, passar o fio no furo com um nó na ponta, apertar com uma pequena cunha de madeira (ponta de um palito) e assim repor o ponto da amizade entre estes dois planetas no estado em que o Idálio os tinha deixado dentro da caixa que enviou. por várias razões estas instruções não puderam ser seguidas. as palavras finais do Idálio foram: “se não conseguires, podes ainda assim por a bola pequena no chão e é um daqueles momentos em que dois amigos ficam separados e a história do Camillo poderá ter outra continuação”... pois deixamos nós aqui o desafio de imaginares o resto desta história.
julgo que esta história que aconteceu por detrás dos bastidores deveria ser conhecida por todos os que têm seguido esta Calendário do Advento. pelo menos para mim esta pequena história dentro da História deu um certo encantamento a esta história do autor. :)
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